setembro 07, 2005

Viagem a Pelotas

Corpos celestes, ventanias, poeira,
muros em ruínas, sabor de areia.
Lagoas que correm ao longo da estrada
como um mapa cheio de pontos desconhecidos

e luminosos. Uma geografia assim,
sobrevoando a cidade colonial e em ruínas,
os riscos de fumo nas montanhas, a poesia
mais afastada dos perigos, junto do riso,

tudo para que o deserto não se prolongue
e os animais da noite encontrem
os caminhos. Lagos. Insectos esvoaçando,
rios, arroios, aviões sobre o pampa

e sobre as águas da chuva, cidades
adormecendo antes da noite, uma mesa
onde aguardamos o vento, vindo do pátio,
da escuridão mais perto da luz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bom o blog sobre a literatura brasileira, mas sinto falta de patrícios pernambucanos. A literatura, assim como todo tipo de arte, fervilha no Recife.
Há nomes como Giberto Freyre, Manuel Bandeira, Joaquim Cardozo (poeta e engenheiro), Carlos Pena Filho (poeta), dentre outros.
Abraços,
http://sabiosdesiao.blogspot.com