janeiro 31, 2005

A viagem de Iaqub, 1

Para quem nunca esteve na Amazônia, é difícil imaginar como se chega quase à nascente do Juruá-Mirim, tanto mais que o rio nunca foi muito navegável. Não era rio de pesca, não era rio de gente, sobretudo na época das chuvas, de Outubro a Maio, e alguém só podia chegar a ele saltando de rio em rio, de igarapé em igarapé, de colina em colina, sobrevivendo aos ataques dos índios, às alucinações, aos animais desconhecidos e às febres.

Nem sempre é fácil, nem sempre é fácil

Nem sempre. Às vezes os livros escapam-se por onde não deviam. Pousam onde não deviam. O Gávea recupera lentamente de tempestades, caminha devagar. É a vida. Mas isso passa.