setembro 07, 2005
São Francisco de Paula.
Os dois homens estão sentados
frente a frente. Chimarrão, mate,
fumo de cigarro, cavalos rente
a uma cerca de madeira. Um fogo
a meio da madrugada. Um deles
dedilha o violão, o outro recita,
as mãos nos joelhos.
Os dois gaúchos olham a erva rasa,
o risco de luz entre as araucárias.
Há um silvo absurdo no interior
do bosque. Uma guabiroba abateu
depois das chuvas, entre raízes
de caúnas e rastos de animais.
Quando vem o minuano? Preparado
para o vento, um deles ergue-se,
chamado pela escuridão do céu,
responde por todos os nomes da serra,
iluminado pelas brasas do chão.
O outro olha mais além, procurando
os sinais da tempestade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Nossa, a imagem e o texto são lindos! Quase escutei o sotaque gaúcho. :-)
Feito a Ana Maria ali posso quase ouvir o sotaque daquelas paragens.
Bah, tchê | Mas que coisa boa !
Silvia Chueire
Enviar um comentário