abril 14, 2007
Tirania do corpo.
Eu tinha avisado: há uma tirania do corpo. Juliana de Vilhena Novaes acaba de publicar O Intolerável Peso da Feiúra. Depois de anos e anos consagrados a estabelecer um padrão absoluto de beleza, eis que o sofrimento acaba em tragédia. O livro é o essencial da tese de Juliana, defendida na PUC do Rio de Janeiro. A edição é da Garamond.
Escreve, no prefácio, Ricardo Ribeiralves de Castro, professor da UERJ: «A perfeição idealizada encontra na realidade sempre alguma imperfeição que, segundo a autora, obrigarão o sujeito à submissão de uma bateria de esforços absolutamente insanos e cruéis, em busca de um modelo inalcançável.» Durante dez anos, Juliana recolheu depoimentos de mulheres massacradas pelo ideal de beleza e pelo medo da exclusão: «Nas academias de malhação, nas ante-salas das clínicas de cirurgia plástica, ou nos grupos de pacientes à espera de gastroplastia redutora, há o consenso: “só é feia quem quer”. E quem não quiser se enquadrar nos atuais cânones de beleza sofrerá o merecido castigo da rejeição e da exclusão.»
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