novembro 18, 2005
Vaidade de blogger
Depois da edição de Um Céu Demasiado Azul, saiu agora As Duas Águas do Mar. Ambos na Record.
Só uma nota: eu nunca me importei que o editor brasileiro alterasse a ortografia dos meus livros. Não sou ortodoxo. Sou um traidor. Mas desde que outros autores apareceram nos jornais portugueses a dizer coisas como «eu nunca permiti que alterassem a ortografia dos meus livros no Brasil», sinto-me na obrigação de dizer o seguinte: não só eu não me importaria que o editor brasileiro propusesse algumas alterações à ortografia como, ainda por cima, o editor brasileiro exigiu que os livros saíssem sempre com ortografia do português de Portugal. Portanto, quando lerem aquelas declarações pomposas de autores a dizer que nem uma vírgula permitem que os brasileiros alterem nos seus livros, já sabem: é mentira. É só fita. Os editores não querem mesmo alterar.
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3 comentários:
Vou procurar nas livrarias. :-)
Quanto às diferenças ortográficas, os espanhóis se orgulham da uniformidade do idioma de Cervantes. Eu não vejo nenhum problema na diversidade da língua portuguesa.
Senhores, acho esta discussão vã, cheira a uma certa rusguinha entre portugueses e brasileiros, que afinal, são parentes bem próximos. Eu mesmo sou descendente de portugueses, africanos e holandeses.
Agora, é fato que a língua portuguesa falada no Brasil, exatamente pela influência africana e indigena, além da influência francesa, italiana e espanhola, é bem diferente do português de Portugal.O Brasil é uma miscelânea de povos (graças a Deus!!!!) o que faz o país maravilhosamente colorido. Já Portugal teve suas influências mouras há centenas de anos e de lá pra cá (salvo engano de minha parte) os estrangeiros foram colocados todos em seu devido lugar, o que não é crítica de minha parte, mas é visível que se Portugal deixar todos os brasileiros que chegarem no Aeroporto de Lisboa morar no país, logo os portugueses vão desaparecer e vão ficar só os brasileiros, já que o Brasil tem um população de 185 milhões de pessoas e Portugal 11 milhões.
Adoro a literatura portuguesa, mas reconheço que só conheço os velhos escritores (Eça, Namora, Pessoa, Herberto Helder - maravilhoso poeta!) e não conheço os escritores mais jovens. Fiz um comentário ao meu amigo Nuno Ponces da Universidade Católica de Lisboa, que deixarei aqui registrada que é o seguinte: acho que as autoridades portuguesas, consulados, embaixadores, etc, deveriam apresentar mais a cultura portuguesa. Falta isso no Brasil a meu ver. E vejam que por aqui há uma população de 9 milhões de portugueses legitimos e acho que mais de 100 milhões de descendentes (inclusive eu, cuja familia veio do Alentejo no inicio do século XX).
Estou aceitando sugestões de autores novos portugueses.
Francisco, gostaria de conversar com vc a respeito de editoras portuguesas. Peço que me responda.
Grato.
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