julho 29, 2005

Negritude revisitada.

O conceito de negritude foi central na antropologia dos anos setenta e oitenta, e Peter Fry, hoje com 63 anos, estudou as relações sociais e raciais no Brasil do século XX em livros como Feijoada e Soul Food, de meados dos anos setenta. Um dos pontos essenciais era a crítica à ideia de democracia racial e à obra de Gilberto Freyre (Casa Grande e Senzala). Passados estes anos, Fry regressa para chocar as universidades, os marxistas, os «estudos de género» e os antropólogos e políticos que defendem a excelência das quotas e da discriminação positiva. O livro chama-se A Persistência da Raça (edição Civilização Brasileira) e analisa a colonização portuguesa em Angola e Moçambique, por exemplo, além de reabilitar Gilberto Freyre e de lançar dúvidas sobre a submissão do Brasil a lógicas americanas de «combate» ao racismo. A ler.

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