setembro 14, 2004

Dúvidas de método

O Fernando Frazão, que evoca «as carrinhas de chapa ondulada da Gulbenkian que tanto contribuiram para o meu gosto pela leitura» a propósito do post sobre as Bibliotecas do Metrô, em São Paulo, coloca duas questões curiosas: 1) «Depois da pujança da literatura brasileira do século passado assiste-se nomeadamente na sua primeira metade assiste-se a um decrescer de produção em quantidade e em qualidade ou é mero desinteresse dos editores portugueses?» 2) «Comparando o português escrito por brasileiros por autores classicos (Amado, Verissimo etc) com os modernos, noto um afastamento notavel em relação aos português dos portugueses. Será que é preciso traduzir ou "reformatar" os textos?»

Respostas breves, mas só para iniciar o debate -- esperamos contribuições dos leitores do Gávea: 1) Há, em Portugal, falta de informação sobre literatura brasileira de hoje, embora o salto qualitativo das edições tenha sido notável (Bernardo Carvalho, Patrícia Melo, Rubem Fonseca, Sérgio Sant'anna, Raduan Nassar, Adélia Prado, Cecilia Meirelles, Milton Hatoum, Chico Buarque, entre outros, têm sido publicados com regularidade -- depois de um período em que não houve resposta por parte do público) -- embora faltem João Gilberto Noll, por exemplo, Adriana Lisboa, Assis Brasil, por exemplo; 2) Não, não, não. Somos contra a reformatação dos textos. Basta ler, basta ver.

2 comentários:

Anónimo disse...

O português dos brasileiros é, de fato, diferente do português dos portugueses. E concordo com o Fernando Frazão quando ele observa que esse afastamento é crescente. Mas daí a exigir tradução, penso que é um exagero. Nada que um bom dicionário não resolva.
Ana Maria Marques
www.aninkmarink.blogger.com.br

Anónimo disse...

Boa noite aqui em Portugal

Peço desculpa de só agora comentar o seu comentário mas também eu andei por terras de Espanha.
A Ana Maria concorda que nos estamos afastando no entanto não o suficiente para traduções. E sugere sugere um diccionário. Mas, Ana um diccionário serve para isso mesmo. Traduzir.

Fernando Frazão

PS: Tanto