dezembro 08, 2006

Ah, Rubem Fonseca novíssimo.












E aí está o novo livro de contos de Rubem Fonseca, Ela e Outras Mulheres (também da Companhia das Letras). Está aqui um extracto.

Verissimo, novo.













Leva o título A Décima Segunda Noite (edição Objetiva) e começa assim: «Mon Dieu, mon Dieu, um gravador. Deus dos papagaios, me acuda. Já ouvi minha voz gravada. Quase silenciei para sempre. É o som do caldeirão rachado com o qual pretendemos comover as estrelas e só conseguimos fazer dançar os ursos, como escreveu Flaubert sobre a linguagem. Tente dizer qualquer coisa séria, ou profunda, com voz de papagaio. Mesmo em francês. Impossible. Foi por isso que não me deram atenção, e a comédia que vou contar quase virou tragédia. Tinha paixão, traição, perfídia, sociologia. E riam, riam. Culpa da voz, minha sina. Com voz de papagaio, nada é importante, nada é trágico. Dizem que Shakespeare lia suas comédias com voz de papagaio para seus atores, que nunca entendiam o que ele escrevia. Só assim eles sabiam que não era tragédia. Não havia gravadores no tempo de Shakespeare. Quantos não devem sua fama póstuma ao fato de não haver um gravador por perto? O mundo talvez fosse outro se descobrissem que Péricles tinha a voz fina, Napoleão a língua presa e... Mas vamos à entrevista.»
Lembra-se de como começa o primeiro Verissimo? Está aqui. Sou um coleccionador das primeiras frases de Verissimo.

Mais mocinhas no Rio de Janeiro.













Nelson Motta retoma para o título do seu novo livro um verso do hino brasileiro: Ao Som do Mar e à Luz do Céu Profundo (edição Objetiva). Sabe onde começa a história do livro? Pois, no Bairro Peixoto, em Copacabana, precisamente onde vive o detective Espinosa, o herói de Garcia-Roza. Aí está mais uma história de Rio, carnaval, bossa nova e, claro, mocinhas. Queriam o quê?

Garcia-Roza, Copacabana.












Depois de Berenice Procura, para o qual Luiz Alfredo Garcia-Roza criou a personagem Berenice, a taxista-investigadora, eis que regressa o delegado Espinosa, da DP de Copacabana, numa nova investigação, Espinosa sem Saída, edição da Companhia das Letras.

Entrevista com Luis Alfredo Garcia-Roza
publicada na revista Ler há uns tempos. E, aqui, um Espinosa de A a Z.